Chegaram os teóricos que acham que têm sempre razão. Comecem as precipitações futebolísticas.
15.7.08
CARLOS QUEIROZ: O REGRESSO DO PROFESSOR
Ainda não tinha terminado a fase de grupos do euro 2008, e já se sabia que a era Scolari terminaria assim que regressássemos a casa. Assim, surgem três factos: anuncia-se que Scolari vai embora a meio duma competição, onde o factor psicológico por vezes ganha jogos (principalmente com o brasileiro no comando); anuncia-se que em nada iria afectar a equipa, e que provavelmente até daria mais ambição; e por fim, depois do anúncio, dois jogos duas derrotas e equipa para casa (incompreensivelmente sob a aura de bom euro).
De Scolari que dizer? Avaliando de 0 a 10 a sua prestação eu daria um 7. Portugal com Scolari não falhou nenhuma fase final porém, numa estávamos apurados e nas outras era imperial o apuramento dado as equipas que nos calharam. Portugal com Scolari chegou a uma final do euro no entanto, perdeu-a com uma equipa que "não podia" ganhar-nos duas vezes num torneio. De facto, após eliminar Espanha, Inglaterra e Holanda era de esperar muito mais numa final em casa. Parece-me que o grande mérito de Scolari é o Mundial de 2006 onde com um grupo acessível (mas não fácil) Portugal arrasou e eliminando Holanda e Inglaterra (mais em guerra do que em futebol) deixou-se cair pela França nas meias. Curiosamente, onde Portugal jogou pior futebol foi onde na minha opinião conseguiu melhores resultados. Apesar de uma final, uma meia final e uns quartos de final Scolari falhou em vários aspectos estruturais. O maior e o pior foi na formação. Neste aspecto, que tantas vitórias trouxe a Portugal a fase Scolari é dramática. Os escalões jovens preocupam e isso é notório em inúmeras áreas. Disciplina: veja-se o caso do mundial de sub 20 onde além de zero de futebol jogado e um apuramento nos grupos fruto de terceiros, Portugal saiu com Zequinha e companhia a envergonharem o País; veja-se o SCP-FCP onde após o fim do jogo, os jogadores juniores se envolveram em pancadaria brutal; veja-se ainda o golo que o SlB marca ao SCP (também em juniores) violando todas as regras do fair-play que na fase de formação têm de estar presentes. FUTEBOL/RESULTADOS: À triste prestação do mundial sub 20 pode-se falar do fracasso dos sub 21 em duas fases finais seguidas. Temos de ser claros, uma equipa que tem Moutinho, Nani, Quaresma, Manuel Fernandes, Veloso, Hugo Almeida, Manuel da Costa et cetera tem de fazer muito mais. Obviamente que Scolari não é culpado de tudo mas tem falhas omo v.g: a guerra que comprou com Agostinho OLiveira e a incompreensivel escolha de Couceiro para a formação (que passa por ele) que se confirmou um fracasso.
Feita a breve análise da fase Felipão e terminada esta mesma fase surge Carlos "o professor" Queiroz. Para mim mais que um treinador Portugal consegue um formador, um óptimo gestor de recursos e um homem da casa. Com Queiroz Portugal tem de se unir com as suas raízes futebolísticas já que foi com "o professor" que estas atingiram o expoente máximo. Parece-me ser o homem certo no lugar certo e assim espero que Portugal com Queiroz reveja toda a formação. Parece-me fulcral criar uma identidade táctica nacional, para que haja uma projecção e um crescimento sustentado do nosso futebol. Ter Ronaldo, Carvalho, Bosingwa etc ajuda mas não chega. É necessário que cada jogador da selecção, dos miúdos aos graúdos, esteja identificado com o que é representar o nosso País, a todos os níveis pois deixar a pele em campo é pouco.
4.7.08
JFC Utd
Ora bem que equipa escolheria eu, vulgar teórico que frequenta esta tribuna, para vencer uma qualquer competição. Sem grande exercícios de memoria, limitando-me aos meus conhecimentos futebolísticos lembrei-me imediatamente do plantel do Benfica 2008/2009 como o ideal para assaltar qualquer titulo. Yebda, Jorge Ribeiro, Ruben Amorim são nomes firmados no mundo do futebol e Urretaviscaya é a maior promessa do futebol sul-americano desde que el Pibe nasceu.
Fora de brincadeiras, porque quando eu falei de Yebda e “nomes firmados no mundo do futebol” vocês tinham que perceber que era uma piada, a super-equipa que escolhia para vencer a CL (por exemplo) era: Buffon e Quim como guarda-redes. Lahm, Carvalho, Agger, Terry, Maicon e Sérgio Ramos para a defesa. Fabregas, Messi, Ribéry, Iniesta, Pirlo, Van der Vaart, Essien e Ronaldo no “meiuca” e os avançados seriam Fernando Torres Klaas Jan Huntelaar e “and the last but not the least” Francesco Totti.
A táctica escolhida é o 4-1-2-2-1 ou um 4-3-3 com um pivot misto defensivo-ofensivo, mente construtora da equipa, dois médios “todo-o-terreno”, dois extremos clássicos e um “matador”.
Na baliza, claro, Gianlguigi Buffon. Para mim é o melhor do mundo e isto chega para eliminar outros possíveis candidatos.
Nas faixas laterais do sector mais recuado, temos à esquerda Lahm e Sérgio Ramos. Se um é potencialmente mais ofensivo ou outro pauta o seu jogo pela segurança e pela classe. O defesa do Bayern, apesar de ter ficado mal na fotografia no golo vencedor da final do europeu, é um excelente exemplo de como a acutilância ofensiva não tem que por em causa o equilíbrio defensivo.
No centro da defesa, encontram-se dois senhores do jogo. Nada mais nada menos do que a dupla de centrais do Chelsea. John Terry e Ricardo Carvalho. Se o capitão dos blues para alem da raça, do profissionalismo e das suas qualidades enquanto líder faz parecer o Bruno Alves um menino nos lances de cabeça o nosso Ricardo é a classe a jogar futebol. Distinto em campo, é um central fortíssimo na antecipação e ainda sabe levar jogo para a frente.
Como grande pilar desta equipa, tenho Andrea Pirlo, o “21” do Milan constrói, desconstroi, e volta a construir jogadas de uma forma tão simples que irrita só de ver jogar. Na sua frente coloco Cesc “wonderkid” Fabregas e Michael “wallwork” Essien. Se um é um poeta o outro e um muro de trabalho incrível, ambos merecem todo o meu despeito apesar de serem as duas posições que mais dificilmente geram consensualidade. Gerrard, Deco, Lampard, Ballack ou Iniesta são jogadores de grande valor que poderiam perfeitamente figurar neste “onze”.
Nas alas arrisco em primeiro lugar aquele que JVB e RVO apenas dão lugar no banco de suplentes. Falo claro de Lionel Messi! Este jogador, das duas uma, ou se tem a titular ou pura e simplesmente não tem. As qualidades do extremo argentino são hoje inigualáveis no mundo do futebol. A única razão que me poderá duvidar do futuro deste prodígio são as enumeras lesões que vai tendo ao longo da curta (e recheada) carreira. Nem Káká nem Ronaldo eram aquilo que Messi é aos 21, vinte e um, anos… O jogador Português ocupa o lado esquerdo do ataque porque é simplesmente o melhor do mundo, Cristiano Ronaldo tornou-se um jogador demolidor, pronto para por em sentido qualquer defesa do planeta. Penso que os 31 golos em 36 jogos na Premiership são mais do que suficientes para justificar a minha escolha.
Por fim, temos Torres, que neste momento parece uma escolha tão consensual para melhor avançado do mundo como a eleição de LFV em 2006, parafraseando o LF ele é tão previsível não no sentido que já se sabe que ele vai fazer mas no sentido que já se sabe que vai fazer golo. Em suma, um craque!
Banco: Quim, não é o segundo melhor do mundo, nem o terceiro, nem em principio o 10º será. Mas é um guarda-redes seguro, competente e profissional. E quem sou eu para deixar Iker Casillas no banco? Com que cara olharia para ele vendo-o sentado e de fato-de-treino? Há quem vá preso por menos!
Defesas: Maicon e Agger. Não tenho muito a dizer a não ser que são os dois muito bons e nenhum deles tem estatuto de estrela. Por tanto, estão muito bem os dois sentadinhos no banco prontos para entrar se algo correr mal.
Meio Campo. Usando o mesmo critério que uso para Casillas, não poderia ter aqui um Ballack ou um Gerrard, portanto opto só por um Van der Vaart, por um Iniesta que com toda a certeza substituiriam (apesar de serem jogadores diferentes) Essien ou Fabregas não deixando de decair a qualidade,Franck Ribéry que tem tanto de feio e burro (lembrei-me da magistral tirada sobre o Scolari) co e por mo de bom jogador.
Huntelaar, é um dos mais promissores avançados do velho continente. Sem ser muito rápido, muito forte ou muito dotado tecnicamente tem um faro de golo impressionante. Em duas épocas, em menos de 80 jogos marcou…72 golos com a camisola do Ajax, é sem duvida alguma um marco muito acima da média.
Por fim, temos il banbino d’oro, Francesco Totti. Ok eu assumo, é uma escolha irracional e um pouco descabida mas é sem duvida um jogador fenomenal. Não tenho muito a dizer sobre Totti a não ser que é um verdadeiro Génio.
Penso que será uma equipa equilibrada, dentro dos seus desiquilibrios pois não há equipas perfeitas, havendo juventude, irreverencia e sobretudo muita qualidade dos membros que a compõem.Custou-me deixar alguns jogadores que adoro fora deste "time" Rooney, Gerrard, Robben, Ballack ou Toni são muito bons. Fora desta "brincadeira", nos nossos dias o clube que mais se aproxima de uma super-equipa é o Manchester United.
U.D. RVO
3.7.08
F.C.JVB
Vamos então escolher os meus 18 para uma equipa que certamente iria ganhar a Champions! A equipa iria jogar num 4:2:3:1. Os "convocados" são: GR-Casillas e Cudicini; Defesas-Evra, R.Carvalho, Terry, Dani Alves, Sérgio Ramos; Médios-Essien, Pirlo, Gerrard, Ballack, Kaka; Avançados-Ronaldo, Messi, Mancini, Torres, Villa, Luca Toni.
A equipa inicial seria: Casillas; Evra, Carvalho, Terry, Sérgio Ramos; Gerrard, Essien, Kaka; Ronaldo, Mancini e Torres. Quanto aos GR parece-me que a escolha entre quatro nomes é aceitável e eu escolho Casillas pois ainda jovem é um GR muito experiente, bom entre os postes, bom em cruzamentos apesar da baixa estatura, bom nas saídas aos pés e bom em bolas paradas. Enfim, um GR de topo que já conta com vários títulos o que no caso de Cech (a minha segunda escolha) não acontece. Cech seria a minha segunda escolha para titular pois para segundo GR escolho, no meu entender, o melhor segundo: Cudicini. Sempre que chamado (que já foram várias vezes) disse "presente" (talvez em italiano talvez em inglês). Na esquerda da defesa jogaria Evra. Integra-se muito bem no ataque, defende muito bem e fisicamente e muito resistente. Confesso que não é uma paixão de sempre, aprendi a gostar de Evra, convenceu-me esta época. Vê-lo jogar cansa , para Evra o campo parece pequeno. Quanto aos centrais os meninos de Chelsea são os eleitos. Carvalho e Terry complementam-se. O primeiro, rápido, classe, duro quando o jogo está nessa toada e uma qualidade que aprecio especialmente nele: quando erra, não se esconde, ataca, pede a bola, tenta levar a equipa para a frente. Nestes momentos é que se vê quem tem a Vitória como coração(aconselho a rever o Chelsea Man.Utd da segunda volta). Terry é o lider por excelência. Grita, chora, luta e claro é um grande central. O destino não quis que ganhasse a Champions (CL). Notava-se que ia marcar o penalty, escorrega e falha. Ingrato. Para além de tudo isto, no jogo aéreo e talvez o mais seguro do mundo. Defesa direito iria para Sérgio Ramos muito por culpa do seu jogo aéreo pois com Dani Alves a defesa ficava com pouco poder no ar. Porém, uma palavra para Dani Alves que sigo desde que foi campeão mundial pelos miúdos do Brasil. O cabelo estava maior, mais magro mas a capacidade de subir, de rematar, de centrar de depois de tudo isto descer e defender e voltar a subir estava presente. No entanto o mesmo se aplica a Sérgio Ramos que não tendo a mesma capacidade técnica (mas mesmo assim é forte neste aspecto) é mais forte no desarme e nas alturas o que lhe permite finalizar muitas vezes na área. No meio campo Essien seria o motor de alta rotação a que nos habituou. Este jogador fascina-me por todos os aspectos e estaria aqui uma noite a elogiá-lo. Cinco palavras:para mim é o melhor. Depois Gerrard ganharia o lugar a Pirlo. De facto, Stevie G carrega o Liverpool desde 99 às costas e é penalizado talvez por isso mas a sua qualidade de passe, o seu remate, a sua disponibilidade tornam este médio de 28 anos (só?) numa peça fulcral em qlqer equipa.Kaka seria o meu 10 pois gosto de pensar no playmaker como a classe do futebol personificada num elemento. A época de kaka campeão europeu (que lhe valeu o prémio de melhor jogador do mundo) ficará para sempre na minha memória. Explosivo, óptimo no passe, óptimo a correr com bola, óptimo finalizador etc... Quanto a Ronaldo que dizer? Bota de ouro, melhor marcador da CL, mágico, trabalhador, melhor do mundo actualmente e indiscutivelmente como já não havia há alguns anos. Durante um jogo creio que raramente o tiraria já que em todas as fases do jogo é importante. Agora a surpresa...Mancini da Roma é para mim um valor que está longe de ter a notoriedade merecida. Ele parte para cima do adversário, é fortissimo no um para um, dono duma técnica invejável e bom finalizador e compensa muito bem na defesa. Para mim é uma aposta segura. O "homem golo" era Torres que agora no Liverpool se libertou do peso de ter todo o Atl.Madrid às costas e provou (com Gerrard a municiá-lo) que é o melhor 9 do mundo.
Quanto ao "Banco" confesso que Dani Alves já que não é titular podia dar lugar a um polivalente mas essien, Sérgio R. tratam dessa polivlência. Pirlo dada o seu estilo de jogo, a sua cultura táctica e mais uma vez o meu gosto pessoal teria de estar presente. Resisti a Riquelme e Ballack está na calha para caso Kaka não jogue...Culto tácticamente, forte e alto (gabriel alves está neste momento deliciado com esta descrição), senhor de forte remate é claramente uma figura do futebol moderno. Falta-lhe um título, perdeu tudo o que havia para perder nas finais. Villa seria a opção primeira de ataque, quer para um 442 quer para simples troca de avançados. É parecido com Torres. Finaliza onde houver um milimetro, tem velocidade e ganha a El Nino naas bolas paradas e remate de longe. Toni seria a opção de recurso, para um "tud o por tudo" pois teria a referência em altura mas não abdicaria da classe que o caracteriza. Mais um jogador que já falo desde o Brescia... Messi seria o menino do grupo. Confesso que em termos de pormenores técnicos me fascina, mas falta-lhe consistência e físico mas creio que iria resolver muitos jogos. Por fim o capitão seria Terry.
Esta é a minha equipa de 18 jogadores. Confesso que o "banco" vai muito pelo meu lado emotivo mas do mal o menos consegui não escolher Modric, Arshavin ou o já citado Riquelme.
NOVA FASE A MESMA QUALIDADE...
O euro acabou e foi um euro coerente. Desde a primeira jornada percebeu-se que o vencedor sairia de Portugal, Alemanha ou Espanha. Os dois primeiros porque devido ao calendário estariam na final (um deles bem entendido) e a Espanha pela força com que apareceu. Creio que a nossa tribuna esteve muito acertada nas análises já que de ínicio ao escolhermos os favoritos acertámos nos finalistas. Apenas não se contou com a fraca França que estou em crer com JFC a treinar teria mais sucesso do que Domenech. Meias desilusões foram Itália e Portugal...caíram nos Quartos com equipas também favoritas. Parece-me ser altura de nos dar valor já que apesar do fantástico futebol que Holanda apresentou (que realçámos) nunca nos pareceu que fossem até Viena. E digo que temos que nos valorizar porque pressionados por pessoas e anónimos que nos acusaram de não acerta r uma conseguimos ler melhor um euro do que alguns analistas (contando que o Diamantino é analista).
Assim, nova fase, fase de marasmo, de contratações e de indefinições, de poucos jogos de pouco futebol de quatro linhas. No entanto, iremos fazer um exercício que nos pareceu interessante. Passo a explicar: iremos pessoalmente e personalizadamente escolher 11 jogadores titulares e 7 suplentes que integrariam a nossa equipa para ganhar uma competição. Não pretendemos escolher apenas os melhores do mundo para cada posição, pretendemos sim escolher os que no nosso entender (função da táctica, da estratégia e claro gosto pessoal) formariam a melhor equipa. Comecem as precipitações...!
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