31.5.09

Aprender com os melhores.

Não é a frase mais inteligente de José Mourinho. Não é, sequer, a afirmação que mostra o grande treinador que ele é. è, porém, a sua face mais visivel e aquilo que ajudou a construir a sua imagem de "special one" e "mind gamer". A imprensa adora, mas é talvez o menos importante de tudo o que o José diz.

27.5.09

Ainda há dúvidas?

Penso que não. O barcelona provou hoje aquilo que é desde o inicio do ano: a melhor equipa da Europa. Não pensemos que por ser a melhor equipa, o Barça seja aquela que têm os melhores jogadores. Não. O Manchester tem um plantel muito superior ao conjunto da Catalunha. Se o futebol fosse uma mera soma de individualidades, provavelmente o resultado hoje seria assustadoramente diferente, mas não o futebol é jogo colectivo e deve ser pensado como tal. Nisso é o "Barça" é radicalmente diferente de outras equipas e, por isso, por primar por um jogo colectivo e apoiado é que vence com tanta facilidade. A final de hoje foi "piece of cake" para os comandados de Pep Guardiola. A vencer desde os 10 m, o Man. United não teve nenhuns argumentos válidos para ultrupassar uma remendada equipa do Barcelona. Remendada, mas coesa e organizada, os culés dominaram por completo as operações fechando todos os espaços ao adversário. Xavi, Iniesta e Messi estiveram soberbos. Busquets, talvez o mais subvalorizado jogador da península Ibérica, esteve irrepreensível constituindo sempre um primeiro apoio de construção de alto nível e ao mesmo tempo tapando de forma implacável os caminhos para a baliza de um tranquilo Victor Valdés. Nas duas vertentes que extravasavam esta final houve uma clara vitoria e uma vitória ao milímetro. Falo claro do confronto de estilos e do duelo MessiXRonaldo. Se o primeiro foi claramente esquecido pela imprensa o segundo foi alimentado até às ultimas consequências. Messi, na minha opinião venceu. Venceu não porque foi individualmente mais desequilibrador, mas, colectivamente mais preponderante. Esta foi a vitória ao milimetro. Nos dois estilos em confronto, sai a ganhar claramente o estilo continental em detrimento do mix "kick-and-rush" e cinismo italiano a que os "big four" nos habituaram.

Pep Guardiola é mesmo um treinador de excepção. No seu ano de estreia como técnico principal não só venceu todas as competições em que esteve envolvido como a fez de modo categórico. Sem nunca abdicar dos seus principios de jogo, assente em sucessivas trocas de bola e solicitação de Etoo, Messi, Henry e Alves em profundidade, o Barcelona parece, através da qualidade de alguns dos seus elementos e da forma como calmamente troca a bola no meio-campo dos seus oponentes uma equipa de futsal num campo de 11. O triangulo Messi-Xavi-Iniesta é talvez o mais fantástico que me lembre, e parece-me agora dificil que Cristiano Ronaldo consiga renovar a bola de ouro.

Foi incrível. Fica aqui a prova, que um colectivo que saiba jogar e esteja organizadopode vencer qualquer adversário. A defesa do Barcelona foi composta por Puyol, Piqué (uma estrela) Touré ( um trinco razoável e um central horrível) e Sylvinho. Sim , Sylvinho...esse mesmo que jogou no Arsenal.

P.S. «Esperei tanto tempo por isto! Os últimos cinco minutos foram os mais longos da minha vida. Eu sei que tínhamos uma vantagem de dois golos, mas era contra a melhor equipa do mundo. Não começámos muito bem e o Manchester dominou os primeiros minutos. Mas o Barcelona conseguiu acalmar e dominar a partida .«Pusemos em campo o nosso jogo colectivo e tomámos conta do encontro» Depois destas palavras de Henry talvez tenha que mudar o meu vocabulário e trocar o conceito de "equipa" por "colectivo". O Barça é o melhor colectivo do mundo.

25.5.09

Todos os caminhos vão dar a Roma.

Não há eleições europeias que interesse. A situação do Sri-Lanka parece que amainou. A necrologia está parada, agora o que interessa é quarta-feira. O Olímpico de Roma é o palco da mais aguardada final da Champions League em muitos anos. De um lado o Barcelona: a primazia do colectivo, o futebol pensado assente em frequentes toques de bola, a procura de incessante de espaços rumo ao golo. Do outro Manchester United: campeão em título, tri-campeão nacional, nas suas fileiras conta com os melhores. Rápidos, atléticos e tecnicistas. Assim se caracterizam os "diabos" de Alex Fergunson. Messi, Lionel Messi. Os holofotes estarão centrados no seu 1,70 de pura genialidade. Nele e no seu maior rival. Ronaldo tem a oportunidade de ouro de dizer "presente" na luta pelo troféu de melhor jogador do mundo. Para isso, terá que vencer na quarta. Messi, não. Tem do seu lado a "messiomania" que assolou o mundo nos últimos meses, tem do seu lado o espírito de el pibe sussurrando: és tu o melhor. Ronaldo não precisa de ninguém para dizer que ele é o melhor, tem-se a si próprio e a sua confiança inabalável, tem os seus golos do meio da rua, tem o seu currículo invejável. Não escondo a minha preferência. Estou pelo Barcelona. Gostava de ver a sobreposição do futebol catalão sobre o estilo de jogo do Manchester. Quero ver a frieza e o calculismo derrotados pela arte do futebol blaugrana. Em Roma, estará mais em jogo do que o confronto de duas equipas. Estarão em confronto dois estilos distintos de pensar o futebol.

24.5.09

A Tribuna dos Teóricos apresenta:

Os melhores:

Jesualdo Ferreira/Futebol Clube do Porto: O trabalho do primeiro significou o sucesso do segundo. O porto mesmo tendo perdido três peças chave do ano transacto: Assunção, Quaresma e Bosingwa conseguiu sem dificuldades de maior renovar o título de campeão nacional. A integração de Fernando, Cissokho, Rolando e sobretudo Hulk são vitórias pessoais de um treinador que nem sempre teve o total apoio dos adeptos do clube. A evolução da equipa de Outubro para agora é notável, sobretudo se considerar os desaires de Londres e a magnifica exibição em Manchester. O futebol bem apoiado, e bem pensado assente num trio de meio-campo rotinado e numa frente de ataque explosiva foi sem duvida aquele que mostrou maiores índices de maturidade. Jesualdo tem o grande mérito de sem um plantel muito mais forte do que o dos seus rivais conseguir-se superiorizar de modo claro e convicto. Se há nome ao qual podemos associar o sucesso da época de 2008/2009 é a Jesualdo Ferreira.

Liedson: de socalco em socalco, de dificuldade em dificuldade o Sporting lá teve Liedson para resolver. Ora a marcar ora a assistir Liedson foi a pedra essencial para suprir a falta de soluções colectivas que o Sporting teve ao longo da época. A pesada carroça conduzida por Paulo Bento teve no avançado brasileiro a sua maior válvula de escape aos problemas que lhe foram aparecendo.

Meireles: Não tem a classe de Lucho, a garra de Lisandro, a força de Bruno Alves ou a explosão de Hulk. Mas se há algum jogador deste Porto que merece ser distinguido é Raul Meireles. A sua consistência quer defensiva quer ofensiva, abnegação e qualidade foi uma constante desta equipa. Meireles é um jogador que privilegia o colectivo em vez de dar ênfase a jogadas individuais. Talvez o faça porque não sabe fazer outra coisa. Mas desta forma, torna-se decisivo para a manobra e equilíbrio do futebol clube do Porto.

Manuel Machado: nesta época, Manuel Machado conseguiu recuperar o estatuto de bom treinador que havia perdido depois de duas temporadas ao serviço de Academica e Braga respectivamente. O nacional termina o campeonato em 4º e com muito menos soluções do que o seu rival Braga. Goste-se ou não do estilo do Professor, eu pessoalmente abomino, é preciso dar o mérito de uma grande época realizada na madeira. Bracalli, Ruben Micael, Maicon ou Nene são hoje, graças ao trabalho de Machado, valores seguros do nosso futebol.

Os piores.

Arbitragem/Vítor Pereira: é pena que se tenha que numa rubrica deste género destacar negativamente a arbitragem. Da final da taça da liga, passando por uma serie de jogos (do campeonato e da taça) as arbitragens praticadas neste “cantinho à beira-mar plantado” foram absolutamente vergonhosas. As sucessivas más arbitragens, e as sucessivas más nomeações para jogos mais importantes foram tão regulares quanto o Raul Meireles. Vitor Pereira, um dos melhores árbitros portugueses, sai muito mal da fotografia.

Paulo Bento: sem por em causa as qualidades do técnico do Sporting, o que dizer do seu trabalho? Quatro anos quatros títulos, todos eles menores, e um tetra de segundos lugares. Dado que o Sporting estava completamente sem rumo antes da “era Bento”, e que o seu (bom) trabalho contemplou a integração de jovens como Carriço, Patrício, Pereirinha, Nani e Veloso, a partida o projecto desenvolvido pelo Sporting tem sido aposta ganha então porquê colocar o técnico leonino na parte dos piores? Simples. A falta de educação, classe, e de modos foram uma constante de Paulo Bento esta época. Sem falar do caso Vukcevic (totalmente desnecessário e prejudicial ao SCP), Paulo Bento foi desde a primeira à ultima jornada aquele que mais falou de arbitragens e quase sempre que o fez, ou foi injusto ou fê-lo de um modo extremamente desagradável. Se Mourinho falou de “prostituição intelectual” quando a sua equipa foi beneficiada pela arbitragem, o que dizer de Paulo Bento? Comentários a roçar o mau gosto, gestos a indicar roubo, palavrões constantes no banco. Não fica nada bem…

Quique Flores: Continuo a gostar do (ainda) treinador do Benfica. È um exemplo de como se todos deveriam comportar no campeonato português. Com um discurso fresco e claro animou as hostes benfiquistas. O problema foi a sua arrogância, não em relação ao publico, mas sim em relação às contradições e características do nosso campeonato. Não entender que em 4-4-2, apostando em 3 linhas e assente em transições (podemos falar em transições ou em chutoes?) demasiado rápidas nunca poderia ganhar este campeonato foi o principio do fim. É pena, Quique flores pelo seu modo de estar poderia ser o homem certo para o lugar.

Belém/Jaime Pacheco: Nunca é bonito ver um “Historico” descer. O ano passado foi o Boavista, este ano o Belenenses. Todavia, se houve clube que mereceu esta humilhação é o clube da cruz de Cristo. Não entender que Casemiro Mior e um pacote de brasileiros de qualidade duvidosa não resolve problema nenhum o que dizer da contratação de Jaime Pacheco? Como li aqui alguns dias num blogue, Pacheco é o verdadeiro adepto que está na pele de um treinador. Pensar que as palavras de ordem, e a corrida dentro de campo é suficiente para uma equipa vencer é digno de uma concepção de futebol vigente no século XIX. Da mediocridade dos azuis, salvam-se, como é óbvio, o guarda-redes Julio Cesar, Silas e Zé Pedro.

Mais ou menos.

Jorge Jesus: O braga mostrou ao longo da época enumeras qualidades colectivas. Gostei, particularmente do jogo contra o Sporting e da derrota contra o Wolfsburgo que só com muito azar e com jeito de Misimovic é que o Braga saiu derrotado. Jesus apresenta as suas equipas sempre com muita consistência e nota-se que apesar de algumas lacunas em termos individuais e que os jogadores sabem o que fazem em campo. O problema é que os resultados ficaram a desejar. O Braga tinha obrigação de ficar em 4º lugar de ter feito uma campanha na taça de Portugal com mais prestígio. A verdade é que em princípio Jesus irá saltar para um clube onde a filosofia do resultado impera. O bom futebol não será suficiente para conquistar a sedenta massa adepta encarnada. Mas voltemos ao princípio, bom futebol é meio caminho andado para a vitória. A sua forma de estar, também não foi a melhor: A arrogância com que sempre tratou a comunicação social, bem como os sucessivos pontapés no português tornam-no alvo fácil de chacota, a auto-coroaçao de “mestre da táctica” foi o corolário de uma época em cheio de pérolas de Jesus.

Aimar. É provavelmente o flop do ano. Esperava-se que o argentino fosse o maestro deste Benfica, mas o que realmente vimos foi um Aimar sem chama e pouco decisivo. Porém, é presiso dar o desconto ao “10” do Benfica por ter sido integrado num esquema que não entende minimamente o seu futebol. Longe da fase de construção, Aimar é um jogador inócuo. Preso às linhas e às marcações cerradas de defesas Aimar passou ao lado de uma grande época. Pablo Aimar é vítima de um estilo de jogo que não o protege.

Di Maria. È jovem, talentoso e burro. As boas indicações nos JO davam a entender que este seria o seu ano de explosão. Mas não. Mais uma vez Angel Di Maria foi um zero-á esquerda. Os seus bons apontamentos, não fazem esquecer a forma rápida como se apaga do jogo ou quando simplesmente decide sozinho estragar jogadas ofensivas a torto e a direito.

José Mota: o Leixoes fez um campeonato tranquilo. Chegou a estar à frente da liga e todos se renderam à grandiosidade táctica do seu treinador. A tribuna dos teóricos nunca o fez. A qualidade de alguns jogadores, cite-se Wesley, fez com que o Leixões arrancasse a todo o gás para depois, como esperado, estagnasse na mediocridade. Daqui nada de novo, todos os anos há equipas sensação que chegam a sonhar com o “Novo Boavistão” e na época seguinte estão na segunda divisão, o que aconteceu foi uma serie de declarações infelizes enquanto estavam por cima que deixa José Mota o mesmo treinador que era quando saiu da Mata Real: um pedreiro.

Revelações.

Hulk: é a grande revelação da liga. Veio do Japão para o Porto e rapidamente conquistou os adeptos azuis e brancos com os seus golos do meio da rua e com as suas arrancadas fulminantes. Esta época, uma das imagens que temos é a cavalgada vitoriosa de Hulk em Alvalade que culmina num grande golo. Na transição defesa-ataque Hulk é fortíssimo e só algumas lacunas na sua forma como (não) pensa o jogo o afastará do Olimpo.

Nene. No inicio da época todos diríamos quem é este gajo? Hoje Nene é um goleador temido e que em princípio sairá da Madeira para outros voos.

Domingos Paciência. É sem margem para duvida o treinador revelação desta época. É notável ver a evolução da académica enquanto equipa. Nota-se que na briosa os jogadores sabem o que estão a fazer em campo. Sobretudo a nível defensivo a equipa do calhabé mostrou-se quase sempre muito competente. Essa competência advém essencialmente do trabalho desenvolvido pelo seu treinador já que individualmente os defesas academistas não são grande espingarda.

está aberta a discussão na caixa de comentários.

21.5.09

três frangos com sabor do Pernanbuco.

De que me lembre, e já me lembro de algumas finais, esta foi sem duvida a pior final europeia que já assisti. Duas equipas sem estofo de campeãs defrontaram-se em Istambul para um fraquissimo jogo de futebol. Só com dois frangos (um de cada guarda-redes) é que as duas equipas conseguiram chegar aos golos. O Bremen orfã de Diego é uma equipa banalissima. O arbitro que lhe mostrou amarelo na meia-final deveria estar a considerar suicidio por tamanho crime ao futebol. Thomas Schaaf deverá pensar em quem irá gastar o chorudo cheque de 25 milhoes de euros e econtrar rapidamente um substituto para o "Pele Branco". Do lado do Shaktar destacam-se o trio de Brasileiros: Ilsinho, Fernandinho e Jadson. Os três compõe um meio-campo interessante que só a (falta) de cultura tactica do seu treinador impede que sejam (mais) decisivos.

18.5.09

A continuidade de Paulo Bento

A continuidade de Paulo Bento parece estar dependente de Bettencourt. Ao pensar nesta situação pensei em fazer um balanço do que o treinador fez, se a sua continuidade é boa ou não. Paulo Bento foi chamado aos seniores após uma época complicada: a Uefa perdida em casa, o título perdido na Luz e já a meio duma época em que se Peseiro continuasse na liderança por mais um dia talvez corresse perigo de vida. Desde que foi chamado, a sua posição, quer se goste ou não foi sempre de profissionalismo, foi sempre frontal e nunca fugiu a nenhuma questão. Para mais, foi poucas vezes incoerente (injusto é diferente de incoerente). A posição de Paulo Bento é complicada pois ninguém percebe qual a posição de Pedro Barbosa, aliás percebe-se a posição ninguém percebe é como ele a desempenha (e se desempenha). Quando fala, fala mal, quando não fala parece que devia falar. Assim, PB dá o corpo às balas, desgasta a sua imagem e fica a defender assuntos com os quais nem se devia preocupar muito (ou pelo menos essa preocupação não devia sair para fora). A nível desportivo sejamos francos: PB tem o orçamento mais baixo dos três grandes. A estruturação do plantel é feita a contar com a cantera e com algum bom negócio que possa surgir. Desde que chegou PB consolidou Moutinho e Nani, chamou Veloso, Adrien, Pereirinha, Patrício e mais recentemente Carriço que parece ser um valor com grande futuro. Com estas limitações PB foi sempre segundo (lutando a sério duas vezes pelo título) e ganhou duas Taças de Portugal e duas Supertaças (perdeu duas finais da taça da liga uma de forma estranha). Ou seja, ganhou alguns títulos menores e na prova de regularidade foi sempre ultrapassado pelo clube mais rico, com melhores jogadores, com melhor organização etc. Porém a organização foi o que permitiu ao SCP superiorzar-se ao SLB. O que transparece desta equipa do SCP é que a manta é curta. Não há plantel para jogar mais que uma competição a fundo daí que quando o calendário aperta começa a sentir-se o desgaste e os pontos fogem. Desde que foi humilhado com o Bayern e saiu da Champions o SCP não perdeu mais nenhum jogo para o campeonato. Coincidência? Isto parece indicar-nos que PB consegue manter o plantel motivado e que a equipa só não vai mais longe porque...não há pernas para mais. Já devem ter percebido que apoio a continuidade de PB. Porém, nem tudo são coisas boas. Sinceramente o futebol praticado desilude várias vezes e enerva-me defender 1-0 em casa contra equipas nacionais assim como odeio dar uma parte de avanço em 90% dos jogos para entrar na segunda a jogar a sério.
Assim, para que PB tenha o sucesso que o seu trabalho merece o SCP precisa de arranjar um director desportivo forte. Um homem que dê a cara, que assuma a resposabilidade de vez em quando etc...! Depois o resto já se sabe, comprar mais um ou outro reforço e esperar que o Tottenham ou o City se apaixonem pelo Romagnoli e não pelo Moutinho para que se compre um (ou dois, ou trÊs) bom jogador e os bons fiquem uma época mais.

Miki este é só para ti!

vejam isto /p>

e reparem na classe do menino..

17.5.09

a arbitragem de Soares Dias.

  1. Neste ultimo BragaXBenfica coisas interessantes se passaram. Para alem de ter sido o confronto entre o futuro ex-treinador do Benfica e o seu provável sucessor, este jogo na pedreira teve como protagonista o arbitro Artur Soares Dias. Antes de passar ao ataque tenho a dizer que tinha este arbitro em excelente consideração. Era um árbitro coerente e que normalmente deixava jogar. Hoje Soares Dias foi horrível. Incoerente na maioria das suas decisões, excessivo nos amarelos, ajuizou mal uma serie de lances e sobretudo quis puxar para si os holofotes da ribalta. Saiu-lhe mal a brincadeira e fica pessimamente na fotografia. Sobre a expulsão de Yebda tenho a dizer que o árbitro foi patético. Entender que um jogador deva ser expulso naquela situação digno de doença mental avançada. O principal problema é ideia que generalizada de que “a lei é para cumprir” e que “no matter what” se um jogador faz uma falta passível de amarelo é suficiente para levar o “segundo cartão”. Não. Amarelo e duplo amarelo são sanções diferentes. Até o podia vir o Coroado dizer que não, mas de facto, a sanção de cartão amarelo é diferente da acumulação de amarelos. Tirar um jogador de campo por uma falta inofensiva a meio-campo é uma verdadeira agressão ao futebol enquanto desporto é fazer “tábua rasa” das directivas e recomendações da FIFA e UEFA que dizem que os árbitros devem proteger o jogo. Se acharem que eu ando doente, e que esta minha opinião é descabida, vejam o que o pouco sapiente e inculto José Mourinho diz sobre o assunto.
  2. De dificuldade em dificuldade Liedson vai bastando para o Sporting seguir em frente. Espera-se, porém, que no futuro o Sporting tenha uma equipa capaz de vencer colectivamente os adversários e não esperar que o levezinho resolva.
  3. Já está, a 3 jornadas do fim Inter de Milão campeão. Com uma equipa remendada a maior parte da época e quase sem nenhum jogador com ideia, salve-se Ibraimovic, o Inter já é tetra campeão. Pois é, antes do calciocaos quem diria que isso era possível?
  4. O Cardozo é tosco, não joga de cabeça e só tem pé esquerdo.
  5. Por cá a Académica mantém a dinâmica vitoriosa e continua numa excelente posição no campeonato. Numa equipa que até há data se mostrou ingovernável, Domingos Paciencia sai com um grande trabalho realizado. Outros voos o esperam…
  6. Depois de domingo vem a segunda, pelo menos para duas (das três) equipas que ainda podem descer. A minha aposta vai para Belém e Trofense. O Setúbal apesar das dificuldades que tem atravessado vai-se mantendo a tona de agua por mais um ano. Há muito tempo que vaticino o fim dos sadinos, a verdade, e apesar de considerar que são um clube sem futuro, é que se vão aguentando. Vamos ver por quanto tempo.
  7. O Cardozo não presta. Parece que nunca está em jogo, não se esforça, não sabe fazer um passe.
  8. Pela entrega, raça, querer e ambição Miguel Victor deveria ganhar o premio de melhor jogador do Benfica esta época. Não é sem duvida o mais talentoso, mas a verdade é que dá sempre o que tem e não tem.
  9. Cardozo é uma máquina…Quem disser o contrário é doido varrido ou um faccioso. Não é João querido Manha?
  10. Esqueci-me de falar de Moreira. Aqui vai. Foi francamente melhor que o outro guarda-redes do Benfica. Esta instabilidade na baliza foi um dos problemas do Benfica de Quique Flores. Inisistir em trocas a meio da época não se mostrou benéfico. Já não sou adepto do "sebastianismo" que reinava à volta de José Moreira mas hoje foi a confirmação que este guarda-redes é bem mais seguro que Quim.

15.5.09

o verdadeiro carnaval.

  1. Depois admiram-se que o Benfica passe ano após ano sem ganhar títulos.
  2. Há nesta fase duas ou três notas importantes, e preocupantes, a realçar sobre o futebol do Benfica. Jorge Jesus, e se for verdade o que todos os jornais dizem, é o novo treinador do Benfica. O que têm muita piada, mesmo muita, é que não só a epoca ainda acabou como Quique Flores ainda está a ocupar o cargo. Parece-me que é uma total falta de respeito com a pessoa, e penso que este será (mais) um erro da gestão Vieira.
  3. Dizem também os mesmo jornais que JJ é a escolha de Vieira. Mau. Então não era o Rui Costa o director desportivo e o homem que deveria assumir a pasta do futebol? Tudo indicava que sim. Agora já parece que não. Esta fantochada benfiquista começa a irritar. O constante discurso de "mudança" é o mesmo há pelo menos três anos. Não me esqueço que o presidente prometeu o Benfica a lutar pela champions em 2010. Pois, para o ano vai ter essa oportunidade.
  4. A fase "carnavalesca" do Benfica começou, nem há treinador (quer dizer há e é espanhol) mas já há 2 reforços e 6 nomes em cima da mesa. é por estas...e por outras que não gosto de Luis Felipe Vieira.
  5. Como diz o tio Jesualdo o Benfica "é uma desbunda". Com tanta troca e baldroca. Com tanto sim ou sopas. Com tanta promessa vã, os cães ladram e caravana passa. A caravana que passa inflelizmente vai pintada de azul-e-branco e está destinada a mais um penta campeonato.

Consolida filho, consolida...

é por estas, e por outras que não consigo gostar deste gajo...

12.5.09

Não me lixes, Rui!

Esta noticia se se confirmar é das piores coisas que pode acontecer ao Benfica. Para além de um treinador caro, Luiz Felipe Scolari é tudo o que o Benfica não precisa: arrogante, antiquado e inculto... Esperemos que isto seja apenas uma fase da silly season e não, como diz António Pedro Vasconcelos, uma fuga para a frente a pensar nas presidenciais que aí vem.

11.5.09

"IT'S A FUCKING DISGRACE"

  1. O futebol clube do Porto sagrou-se novamente campeão. Os meus mais sinceros parabéns aquela que foi de longe a melhor equipa do campeonato. Parabens também a Jesualdo Ferreira pelo magnífico trabalho desenvolvido. A evolução deste Porto campeão com o Porto de Outubro é gritante. Individualmente o Porto fica ligeiramente à frente do Sport Lisboa e Benfica, colectivamente deixa-o a milhas de distância.
  2. Esta semana jogou-se o acesso à final das duas provas europeias. Começando pela UEFA, Hamburgo e Bremen defrontaram-se num óptimo jogo de futebol. Transinções rápidas, bons jogadores sedentos de golos, ritmo elevadíssimo. Um manual inteiro de como não se ser campeão. Shaktar e Dinamo protagonizaram um jogo pachorrento onde a classe de Ilsinho e Jadson foi suficiente para carimbar o passaporte para a final.
  3. Diego. Que grande jogador se tornou o brasileiro. Recorte técnico impressionante, inteligente, altivo lidera com classe todas as manobras ofensivas da sua equipa. Um erro grosseiro do árbitro vai afasta-lo da final. Mais uma vez os regulamentos da UEFA mostram que defendem o futebol.
  4. Diz-se para ai que Hiddink deu uma lição táctica. Eu acho que colocar o autocarro à frente da baliza não é nenhuma lição táctica. É certo que o Chelsea defendeu muito e defendeu bem. Mas insinuar que Hiddink que é dos melhores do mundo não ia entender que a única forma de o seu chelsea, que conta com grandes jogadores, ganhar ao Barcelona era fechar-se a confiar um pouco na sorte ou no erro do adversário é estúpido. Na primeira mão, Hiddink fez o que tinha a fazer: não sair de Camp Nou vergado com uma goleada. Depois em Stamford Bridge teve a sorte de se apanhar a ganhar. Creio, e todos os que estavam a ver o jogo comigo estavam em consonância, que Guardiola errou a montar a sua equipa. Tirar Iniesta do meio e colocar Keita na sua posição é um pouco inconcebível quando pela frente tinha um exército de grandes jogadores. Touré no centro da defesa foi o principal foco de instabilidade da equipa culé. Na final sem Daniel Alves, Abidal e Marquez estou a ver que as coisas vão ser difíceis.
  5. Há também quem insista que o Barça só perdeu porque o árbitro ajudou. Pois. Ficaram dois penaltys por assinalar contra o Barcelona. Certo. Mas quem advoga este simpático argumento esquece-se pura e simplesmente do penalty que não foi assinalado ao Henry em Barcelona, da não expulsão do Ballack no mesmo jogo e da expulsão estapafúrdia do Abidal.
  6. Cá temos, em Roma, a final que todos esperávamos. Dois estilos antagónicos de jogo vão se defrontar. A qualidade e “cientificidade” do jogo do Barcelona opõe-se à opulência da equipa de Manchester. A força, a técnica e a raça vão defrontar a entreajuda e o estilo de jogo típico da cidade condal. Favoritos? Não os há. O Man. United talvez partirá em vantagem pelos castigos aos dois laterais de já uma limitada defesa. Vamos ver. Eu estarei, obviamente, pelo Barcelona. Haja o que houver…eles tem que vencer.
  7. Na Alemanha as coisas vão ao rubro. A 3 jornadas do fim 4 equipas ainda estão em condições de ser campeãs. Isto já acontecia por Portugal…