O admiravel mundo de Quique Flores

Pela afirmações que proferiu a semana passada, cheguei à conclusão que Quique Flores anda a dar demasiado ênfase às palavras dos Monty Phyton quando nos dizem para “Always look on the bright side of life”. Vir, depois de uma derrota por 3-1, falar de “sucessos invisíveis” é no mínimo preocupante. Preocupante pois esses “sucessos invisíveis”, apesar de importantes, são o mínimo aceitável para qualquer equipa técnica competente. Creio que neste momento, a posição de Quique no Benfica se torna cada vez mais insustentável. Primeiro porque não consegue mostrar uma evolução no fio de jogo da equipa. Segundo porque o discurso fresco com que chegou neste momento é mais macambúzio do que os piores tempos do Fernando Santos. Terceiro porque é teimoso que nem uma mula, e não entende que com aquele sistema táctico nem com as dinâmicas que apresenta é possível chegar a lado nenhum. Já por diversas vezes a Tribuna dos Teóricos tem mostrado critica às opções tácticas de Quique. Mesmo numa altura que o espanhol se mantinha num estado de graça muito aceitável, nunca houve da nossa parte uma aceitação da forma como o Benfica se distribui em campo. Hoje é mais ou menos consensual, e fruto do trabalho critico de muitos bloggers e especialmente de Luis Freitas Lobo que sempre advertiu para os perigos de um esquema obsoleto que insiste em dinâmicas despropositadas ao futebol português dizer que o 4-4-2 não é adequado a uma equipa que quer dominar adversários teoricamente mais fracos. Pensar que o Trofense, Academica ou Belém são equipas como o Hamburgo ou Bremen (na meia-final da taça UEFA estas duas equipas conseguiram mostrar o porquê de Quique estar totalmente equivocado) que jogam sempre abertas com dois homens nas alas e baseando o seu jogo em transições rápidas para o ataque é como o Leo diz “não perceber o futebol português”. /p>

Adiante. Mesmo na parte psicológica. Naquilo que quase o compararam a Mourinho, Quique deixou muito a desejar. Não me lembro de nenhum resultado que o Benfica tenha conseguido virar e muito menos consigo me lembrar que alguma vez tenha conseguido, com alguma ciência, levar de vencidas equipas que se tenham fechado completamente lá atrás. Se formos pensar nos pontos perdidos nos últimos minutos também ficamos assustados. Numa altura em que Benfica poderia aumentar consideravelmente a diferença para Futebol Clube do Porto e Sporting a turma da luz deixou-se empatar contra Leixões e Setúbal nos últimos minutos./p>

Já aqui escrevi muito mal de Balboa. Começo a achar que o espanhol merecia mais minutos. O mesmo digo de Urreta que no Benfica só jogou para queimar tempo ou quando a equipa precisava desesperadamente de marcar. Por falar em marcar, esta época salva-se novamente…Oscar Cardozo. Quem diria…/p>

P.S. Tirando o terceiro paragrafo este texto foi escrito antes do BenficaXTrofense. Por dificuldades técnicas nao pode ser publicado antes.