9.6.08

Um empate e uma "goleada"

Hoje foi uma jornada de grandes emoções, como ja era esperar este grupo C mais do que um grupo da morte é o grupo espectáculo. Começou o dia com um França - Roménia, não foi o que fez desta jornada espectácular mas isso fica para o fim, onde a seleção de Piturca mais parecia a sua congénere Itália na maneira como defendeu e na maneira como anulou as principais armas francesas, apesar da França ter aparecido num sistema alternativo e algo surpeendente tendo em conta os últimos tempos, com Rat e o seu pé esquerdo a acompanhar Nicolita e Radoi (melhor jogador em campo) e sempre seguros por um autêntico patrão como Chivu e uma dupla de centrais que bastante me surpreendeu, principalmente Tamas, colocaram a seleção Gaulesa numa situação quase que embaraçosa, tal foi a inercia daquele mio-campo. Sinceramente espera uma preponderância maior de Toulalan no aspecto ofensivo e o que viu foi um excessivo apelo a Makélélé para conduzir o ataque francês. Domenech alterou o sistema e com isso roubou protagonismo a dois talentos que combinam tão bem como Benzema e Ribéry, tirando dois lances em que conseguiram trocar olhares, sim por que é a unica coisa que precisam para tranformar um lance banal numa obra prima futebolística, este modelo táctico aprisionou o seu jogo, primeiro reduzindo o número de ataques organizados por Ribéry e Toulalan e depois ao colocar Anelka ao lado de Benzema, sistema que para mim não favorece a qualidade do avançado do Lyon. Para recordar fica um 0-0, que mais do que registar uma desilusão dos adeptos franceses confirma a Roménia como candidata ao apuramento (e não confundam candidata com favorita). O melhor do dia ainda estava para chegar pois o jogo "grande" desta primeira jornada colocava frente-a-frente nada mais nada menos do que o Campeão do Mundo e uma das equipas mais vibrantes do mundo. A História sempre nos mostrou que a Holanda joga bem e bonito mas principalmente nos últimos anos parecia sofrer de uma inaptidão para vencer, o que a História também nos tem ensinado é que uma seleção transalpina até pode jogar mal ou até pode nem assumir a partida mas que quando é preciso aparecer aparece, o que se viu hoje foi precisamente o contrário com uma Holanda brilhante, entusiasmante e ao mesmo tempo cinica com os seus contra-ataques mortíferos e do outro lado da barricada esteve uma Itália que nao assumiu o jogo como ja era de esperar mas quando foi preciso nao apareceu, e porquê? talvez por não ter a uma defesa sólida a que ja está largamente habituada e que dá ao meio-campo uma liberdade e uma dimensão que permitiria a pirlo mostrar o futebol já tão elogiado neste blogue ou então atribuir ao factor azar um papel decisivo, porque de facto a sorte não quis nada com esta Itália, mas na minha opinião Van Basten deu um verdadeiro banho táctico a Donadoni, irónico até pelo pergaminhos da "Squadra Azzurra". Van Basten fez o trabalho de casa e apesar de esperar o meio-campo do poderoso Milão sabia perfeitamente que a esta Itália falta o elo de ligação que no clube milanês é ocupado por um rapaz chamado Ricardo Izecson dos Santos Leite, Kaka' para os amigos, e que permite que este trio de meio campo esteja proximo dos homens da frente, na seleçao italiana isso nao acontece, muito por culpa da ausência de Totti, e se por ventura há um jogador nesta equipa que o pode fazer é De Rossi e não Camaronesi( isto porque ao contrário do que seria de esperar Donadoni montou um esquema um pouco confuso, e ao querer ter o 4--4-2 e o 4-3-3 ao mesmo tempo baralhou por completo as coisas). Ora bem, e o que é que o treinador da "laranja mecánica" fez? nada mais nada menos, do que colocar dois homens de caracteríscas mais defensivas lado-a-lado e bem na frente dos centrais, o resultado disto foi uma sensação de claustrofobia com a qual a equipa capitaniada por Materazzi nao soube lidar, Jong e Engalaar, que estão longe de ser homens muito fortes tecnicamente, tinham uma função, que era não deixar o meio campo adversário respirar e cumpriram na perfeiçao, depois colocou o mágico e cerebral Van der Vaart entre linhas explorando todas as lacunas do meio-campo azul e lançado constantemente os dois alas no apoio a Ruud. Ganhou também a guerra táctica com a inclusão do limitado Khalid Boulahrouz na direito que permitiu a Van Bronckhorts subir pelo lado esquerdo que deixou o experiente panucci (e mais tarde Zambrotta), que nao contou com grande ajuda de Camaronesi, pois nao sabia se ia para o meio com Sjneider ou segurava as investidas do lateral ex-barcelona. Queria falar deixar uma pequena nota para o letal Van Nistelrooy e para o "guerreiro" Kuyt. Donadoni ainda tentou emendar a mão ao colocar Del Piero que ainda mexeu qualquer coisa com o jogo mas já veio tarde, de registar ainda o grande momento de futebol, que antecedeu o terceiro golo da equipa laranja, que pirlo e Van der Saar dividiram. Se dúvidas existiam esta jornada inaugural mostrou que temos grupo, e que grupo.

5 comentários:

Anônimo disse...

PIPO INZAGHIIIIII

RVO disse...

nao sei quem fala, mas deves ser alguem que me conhece, pois inzaghi é o jogador que mais admiro e acho uma tremenda injustiça ele não estar no euro e o jeito que ele dava hoje meu deus! noutro sistema claro

Anônimo disse...

PIRLO!

PCA disse...

Está bonito o blog..A rivalizar com os categóricos comentários das notícias do Record online!
Espero com ansiedade a crítica aos jogos da Áustria e a elaboração do perfil de José Bosingwa!

Cumps

Pedro Coutinho

Anônimo disse...

que resposta homossexual rvo... sei un pazzo cazzo