6.10.08

Rescaldo(s)

O fim-de-semana desportivo, ou futebolístico se assim o entenderem, trouxe-nos dois clássicos da península ibérica. Sporting X Porto e Barcelona X Atlético de Madrid foram dois jogos totalmente diferentes. Começando pela cidade condal, o Barça para gáudio do seu publico bateu sem apelo nem agravo o Atlético por 6-1. Ao intervalo o jogo já se pautava por uns contundentes 5-1 e Léo Messi ia confirmando a candidatura a melhor do mundo espalhando o perfume do seu futebol. Apesar da magia de Messi, a força deste Barcelona encontra-se nos dois homens do miolo. Os dois meninos da cantera blaugurana, Xavi e Iniesta são hoje indiscutivelmente os patrões desta equipa, sendo fundamentais nas transições defesa-ataque, conduzindo velozmente (e com muita classe) a bola. De salientar é também a inclusão de Basquet à frente dos centrais Piqué e Rafa Marquez. Pouco mais a dizer, o Atlético enxovalhado no Nou Camp e parece que o espectro do insucesso que pairava sobre a cabeça de Guardiola começa a desanuviar.

O “nosso” clássico fica ligado a um nome, Lucilio Baptista. Não que o resultado esteja directamente associado ao arbitro de Setúbal mas este conseguiu voltar a mostrar a sua classe assinalando várias faltas estapafúrdias, como o penalty de Tomás Costa sobre Moutinho ou a não expulsão do mesmo Tomás Costa e de Derlei. Não vale a pena falar mais de arbitragem, abri apenas o precedente por o arbitro ser quem é, e se nos lembrar-mos que este senhor apitou na fase final do Euro’2004 é fácil entender qualquer tipo de indignação. Infelizmente para o Sporting pareceu-me que Paulo bento equivocou-se na escolha do onze para este jogo. Quis apostar nas debilidades nas alas demonstradas pelo Porto no Emirates Stadium mas inclusão de Derlei e Djaló não só não criaram dificuldades a defesa azul e branca como contribuíram para um défice de equilíbrio no meio campo. Notou-se bem a diferença do jogo com e sem El Pipi Romagnoli que apesar de não ser um desequilibrado nato conseguiu dar alguma consistência e acutilância ao jogo verde-e-branco. O futebol clube do porto sem conseguir uma grande exibição arrancou uma preciosa vitória. Nada melhor do que ganhar no terreno de um dos rivais para apagar os fantasmas da passada quarta-feira. Bruno Alves foi sem duvida o melhor em campo, imperial a defender e decisivo na frente com dois livres em que um foi golo e o outro esbarrou caprichosamente na baliza de um desastrado Rui Patrício

Em Inglaterra o campeonato começa a aquecer. O Arsenal depois da exibição de gala contra o Porto voltou a marcar passo empatando com o Sunderland de Roy Keane. Começam a ser perigosos estes sucessivos desaires dos gunners que vão sendo intercalados com jogatanas assombrosas dos comandados por Arsene Wenger. Chelsea e Manchester United venceram sem história Aston Villa e Blackburn respectivamente e confirmam um bom inicio de campeonato. De vento em pompa vai o Liverpool que parece querer inverter as tendências dos últimos anos, ontem venceu e convenceu no Stadium City of Manchester derrotando os citizens por 3-2, no inverso da medalha encontra-se o Tottenham. Nem Bentley, nem Modric, nem Pavlulichenko conseguem alterar o cenário que já é o pior desde 1912. Os spurs parecem mesmo em maus lençóis e creio que é um pouco paradoxal ver uma equipa que conta com tanta qualidade nas suas fileiras e ainda um treinador de reconhecido mérito com apenas dois pontos quando já decorreram sete jornadas.

P.S O Benfica acabou de empatar em Matosinhos. Teve o pássaro na mão e deixou-o fugir por ter sido ingenuo na maneira como abordou a partida na segunda parte. Grande jogo do leixões, e já agora é bonito que se diga que quando os grandes perdem pontos nem sempre é demérito pois muitas vezes há qualiade em equipas teóricamente inferiores. Hoje felizmente para a Liga, foi o caso.

3 comentários:

Anônimo disse...

Quando ninguem escreve aparece JFC a falar de todo o mundo da redondinha! Sim senhor continue assim Sôr JFC. Um abraço forte e musculado para toda a equipe deste blog que nos surpreende pela imparcialidade e qualidade da escrita. Obrigado

Anônimo disse...

Antes de iniciar este comentário tenho de realçar que sou suspeito no comentário a textos do caríssimo JFC, visto o considerar uma besta de proporções supra-bíblicas. Feito o necessário aparte, ficando esclarecido que o comentário será totalmente parcial e influenciado pela repugnância que sinto pelo abjecto autor do texto, passo à analise do post:
Ao ler a mais recente publicação da excelentíssima tribuna dos teóricos, não pude conter o espanto ao constatar que se tratava de uma obra da mirrada, quadrada e senil mente do principal contribuidor deste blog, JFC. O que se prestava perante a minha visão não era um pedaço desordenado de texto repleto de ideias erróneas e argumentos falaciosos (como seria de esperar de um ser cujo QI não ultrapassa muito o do macaco), mas um pequeno tesouro da prosa futebolística digna, ouso dizer, do guru do pensamento da bola e mestre, certamente, do JFC e de outros pseudo-treinadores de bancada (ou melhor da cadeira do escritório) que abundam no estranho mundo dos blogs desportivos, Luís Freitas Lobo. Neste post, JFC resumiu de forma clara e explicita o fim-de-semana de três dos campeonatos mais acompanhados em Portugal – Premier League, La Iiga e, obviamente, a Liga Sagres – pecando por defeito, apenas, na quantidade de informação e na inclusão do que, para mim, são algumas imprecisões.
Ao falar da Liga Inglesa comete duas falhas: a primeira, ao afirmar que nesta jornada o Man. United confirma um bom inicio de campeonato, quando, na realidade, tem vindo a ter uma prestação abaixo do esperado por todos e pela própria ambição de qualquer campeão nacional, mantendo-se apenas na oitava posição; a segunda, ao omitir a fantástica senda da obscura formação do Hull que se encontra cinco lugares a cima dos red devils. Se, por um lado, a equipa de Manchester conta com um dos melhores planteis de Inglaterra (e só não digo da Europa devido às baixas que Fergunson teve de enfrentar neste arranque do campeonato), por outro, o Hulll City Football Club tem nas suas fileiras um conjunto de desconhecidos, não tendo, para mais, qualquer experiencia no principal escalão futebolístico da Old Albion, sagrando—se, assim e até à data, na grande revelação da Premiership.
Em tudo o mais, com desagrado, concordo com o idiota do autor e, com maior desagrado ainda, nada mais tenho a criticar (se bem que nada critiquei em concreto) ou acrescentar. Para mais, tenho de ressalvar, mais uma vez, o meu pasmo quanto à qualidade do texto, visto que o autor deste tem uma cultura literária que equivale a de um miúdo de dez anos, estando, actualmente, a ler um livro do qual apenas se lembra que se encontra na sua mesa-de-cabeceira. Não estivesse a sobrestimar as qualidades intelectuais do JFC, um mongolóide de primeira categoria e ovelha negra da família, ousaria afirmar que esta publicação não passa de um simples plágio de um qualquer outro blog; apesar de tal ser praticamente impossível, na medida que o JFC não possui o engenho mental para elaborar uma maquinação tão complicada ou a paciência para procurar regularmente textos para copiar para o seu blog, penso ser meu dever levantar a duvida quanto à autoria não só deste texto, mas de todos os do mais que ignóbil JFC.
Para terminar, deixo um apelo: JFC, se tens um mínimo de decência, assume o plágio que cometeste, aceita a tua incapacidade para analisar o desporto-rei e, de uma vez por todas, dedica-te à análise pormenorizada do impacto socioeconómico da sandes de atum e da salada russa nos países do Sul da Europa.
Com os mais cordiais cumprimentos,
Anónimo 1143

Anônimo disse...

Caríssimo anónimo 1143, é com bastante agrado que vejo que alguém que percebe tão pouco de futebol a escrever com tamanha coerência, é sinal que apesar de parcas capacidades conseguiu aprender alguma coisa na escola e portanto fica aqui cabalmente provado que o ensino português não é tão mau como o pintam (allez Lurdes Allez) sendo possível um autêntico incapacitado construa um texto com alguma lógica gramatical. Em segundo lugar, e vejamos que sabendo perfeitamente quem a vossa excelência é apenas tenho a dizer que é bastante triste, e digo-o com toda a franqueza, que a verdadeira falácia e o verdadeiro pequeno conjunto de plágios são seus. Ora vejamos, “à análise pormenorizada do impacto socioeconómico da sandes de atum e da salada russa nos países do Sul da Europa” essas suas sapientes palavras são inspiradas numa piada que eu, JFC, uso recorrentemente, portanto do “mongolóide” e da “besta de proporções supra-bíblicas” já conseguiu aprender alguma coisa. Fico feliz que tenha comentado de modo tão irado, significa que há para ai sentimentos reprimidos à cerca da minha pessoa, que tão brilhantemente vai ofuscando a sua pobre e obscura existência.

Um abraço de um (quase) sempre amigo e (quase) sempre às ordens
JFC