A oeste nada de novo.

Neste momento que vos escrevo decido ainda se considero a noticia hoje avançada pelo jornal A’bola uma peça jornalística de valor à boa moda de um caso “watergate” com proporções encarnadas ou então se foi desta que o mítico jornal se tornou um pasquim digno da maquina de propaganda nazi. As alegações que o jornal faz a um suposto plano de “tomada de assalto” por parte de espanhóis por detrás da candidatura de Jose Eduardo Moniz são demasiado bombásticas para serem levadas a sério. Primeiro porque não me parece que haja “matéria de facto”, isto é dados suficientes para levar esta ideia em consideração como depois, me parece totalmente descabido que um jornal com a dimensão d’ A Bola veicule este tipo de informação sem o mínimo detalhe. A afirmação categórica e sem provas não é jornalismo, é difamação. Cair no ridículo do que aquilo que telejornal da estação de Moniz faz constantemente é um erro crasso. É um erro crasso também quando este tipo de notícias beneficiam o “Hugo Chavez dos pneus.” O golpe estatutário levado a cabo por LFV é um ultraje ao espírito democrático e popular do clube. Tornar umas eleições livres e disputadas, disputa essa que poderia inclusivamente fortalecer a posição de LFV no clube, num autentico plebiscito torna o actual presidente do Sport Lisboa e Benfica um ditador tão agarrado ao poder como Robert Mugabe.

Voltando à notícia hoje da Bola, é imperioso referir que Vitor Serpa com este tipo de atitudes torna-se cada vez mais um “ministro da propaganda” do mandato de Luis Filipe Vieira ao bom estilo de Goebbeles ou de António Ferro. O próximo passo, depois de tentar destruir o único candidato credível que se opõe a LFV, já que Bruno Carvalho é um autêntico boneco que parece que só se interessa por notoriedade, será em primeiro plano entrevistar o presidente e realçar os grandes feitos (que são alguns) do seu mandato.

Sempre mantive uma posição neutra ao actual presidente do Benfica. Primeiro desconfiei da sua prepotência e falta de cultura, depois rendi-me ás evidencias de uma reestruturação fundamental do meu clube: a renegociação da divida, o investimento nas infra-estruturas e formação bem como o grande desenvolvimento das modalidades que não futebol, tudo isto são méritos da gestão de LFV. O problema é a demagogia, as promessas vãs e infundadas que chegam por vezes ao autismo. Como costumo dizer em conversas de café, Vieira mostrou-se capaz de dar o primeiro passo, conseguiu com sucesso lançar a primeira pedra rumo ao futuro. Até 2006/07 quase tudo no futebol do Benfica foi positivo e era de salutar. Hoje o futuro é bem mais negro, principalmente quando temos no leme alguém que está agarrado ao poder.