Frente a frente estavam provavelmente os dois melhores treinadores do mundo. Dois gémeos separados à nascença na forma que pensam o futebol. De um lado Pepe Guardiola, jogador internacional, capitão do seu clube e selecção, uma lenda viva da Catalunha. Do outro José Mourinho, um académico cuja carreira de futebolista nunca passou dos juniores do clube da sua terra local. Inteligentes, metódicos e obcecados pelo pormenor que decide uma partida, estiveram frente a frente em San Siro…As premissas adivinhavam um duelo de titãs num jogo emocionante, o resultado foi aborrecido zero a zero sem que “tiffosi” italianos pudessem dar largas à sua loucura.
No dia que Zlatan voltou a Milão, poucos se lembraram da história de um jogo sem “estória” onde o Barça massacrou como quis e o Inter se limitou a deixar o autocarro à frente da baliza espreitando o erro do adversário e explorando a velocidade da dupla supersónica Milito-Eto’o. Por estes dias o Barcelona de Guardiola está a anos-luz do Inter de Mourinho. A capacidade de defender muito (e bem), bem como um bom momento de transição defesa-ataque não é ainda suficiente para tornar a equipa milanesa como uma séria candidata ao título europeu, isto não significa que, pela qualidade do seu treinador bem como dos intérpretes que o mesmo tem ao seu dispor, o Inter não possa melhorar e tornar-se uma equipa temível. Para já os “culés” são os grandes favoritos para a renovação do titulo europeu.
P.S. Samuel fez um jogo monumental. Foi gigantesco em todos os momentos, não me agrada o seu estilo demasiado impetuoso de jogo mas ontem foi imperial.
P.P.S . Gourcuff encheu o campo em Turim e foi quanto a mim o melhor da partida. A tribuna dos teóricos volta a interrogar-se da razão de o Milão não ter ficado com ele.
P.P.P.S deviam ver os italianos a ver jogos de futebol, é imperdivel...
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