27.9.08

O Rei

Para fechar esta trilogia de “grandes portugueses” acabo, como seria de esperar, com o Rei. O Rei Eusébio da Silva Ferreira nasceu a vinte cinco de Janeiro de 1942 em Lourenço Marques (Maputo) e a história lembrar-se-á dele como o “Pantera Negra”. O talento evidenciado por Eusebio no Sporting de Lourenço Marques foi o suficiente para que o clube da metrópole o tenha vindo buscar para jogar no campeonato português. Todavia quis o destino que o “pantera” brilhasse noutras paragens e levou-o não ao José de Alvalade mas sim ao estádio da Luz. A carreira com a camisola 13 do Benfica é sobejamente conhecida por todos os portugueses, e não só, se viram o filme “love actually” uma das personagens refere-se a Eusébio quando quer exemplificar a cultura portuguesa.

317 Golos em 301 jogos com a camisola do Benfica são números que nunca ninguém ligado ao clube da águia vai esquecer. Os 9 golos marcados no mundial de ’66 também são uma marca mítica não só para benfiquistas mas para todos os portugueses. O nome de Eusébio perdurará na história do futebol mundial, como um dos avançados mais mortíferos de sempre. Os títulos conquistados na década de sessenta pelo Benfica e os (muitos) golos que marcou são legado de um homem martirizado por entradas violentas de adversários impotentes ao perfume do seu futebol, que resultaram em 7 operações aos dois joelhos obrigando Eusébio a jogar muitas vezes em situações muitíssimo dolorosas. Num documentário que vi há alguns anos um médico que o operou na altura disse que as lesões de Eusébio, hoje seriam impeditivas de jogar futebol ao mais alto nível…

Como definir Eusébio como jogador? Essa é uma questão que muito dificilmente posso responder pois nunca o vi jogar. Dos muitos documentário e vídeos que vi dele, podemos dizer que era um avançado, muito rápido, muito forte e com um remate fulminante. Do que entendi, era daqueles jogadores de remate tão fácil que marcava golos de todas as formas e maneiras possíveis, isto é, se estivessem quatro defesas pela frente o resultado era o mesmo que se estivesse isolado frente ao guarda-redes, golo…

Há pouco mais a dizer sobre Eusébio, que há pouco tempo foi considerado por uma votação online da FIFA como o terceiro melhor jogador de sempre, a não ser que foi, é ,e sempre será um símbolo da pátria. As imagens de Eusébio de braços no ar a festejar um golo, a voz de Artur Agostinho a gritar em plenos pulmões “GOOOOLO DE EUSEBIO” ou a fotografia tirada no mundial de ’66 quando perdemos contra a Inglaterra, ficará não só na minha memória mas na memoria de várias gerações diferentes de portugueses. Eu não sou minimamente do tempo dele mas tenho-o em mente como um idolo se isto não é ser uma lenda viva, o que será?

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