11.11.08

A insustentável leveza do ser

Ora, passado algum tempo, tal como hoje o david luiz, volto à actividade. Peço desculpa a todos os meus colegas teóricos, mas em vez de me justificar, vou directo aos bloguismos. Com efeito muita coisa mudou desda última vez que postei qualquer coisinha. Temos um campeão do mundo de fórmula 1 da mesma cor do presidente americano, ambos da cor do Eminem. A selecção nacional passou a ser a pior equipe da Europa, e o Benfica a melhor. A Islândia esteve para fechar. O Mourinho está com o cabelo mais branco e a ganhar menos vezes. As coisas mudaram tanto que parece que o Eminem já é branco. Na sequência disso peço para completarem a frase "...ambos da cor d........" com o vosso indivíduo/a de cor favorito, nos comments. Posto tudo isto, o que é certo é que há coisas que nunca mudam, sendo essa a insustentável leveza do ser. Há uns dias, Cristiano Ronaldo marcou 5 golos em 3 jogos, salvo erro, e desde aí parece que foi esquecido tudo o que foi dito e discutido sobre a figura no verão e na pré-época. Já ninguem disse que o cristiano ia ser uma miséria este ano, que não ia fazer nada de relevante, que tinha enterrado a carreira. O que se passou foi o seguinte: ele é um jogador fantástico, teve uma lesão, atrasou-lhe a preparação, começou a jogar tarde, teve de recuperar o ritmo, e por agora está a rebentar o jogador que neste ano mereceu o reconhecimento de melhor jogador do mundo. Foram cometidos erros? Claro, mas principalmente numa áerea de gestao de imagem, longe dos campos. Para começar, para mim, devia ter acabado mais cedo com a Nereida. Mas se é para cometer erros, que sejão com seios daqueles. Parece que também houve qualquer coisa com o Real. Vamos lá ver uma coisa: um jogador de bola que aos 17 anos está num clube de topo, fora do seu país, dificilmente desenvolverá capacidade ou formação para conseguir lidar com o género de coisas com que o Ronaldo lida. O problema é que as pessoas que deveriam ter esta capacidade, são possivelmente menos competentes que o Cristiano. Desde logo o empresário, que claramente estava de olho na percentagen da transferência, e fez um bom trabalho para estragar a imagem do cr7. A família que, mesmo sendo-nos possivel perceber que claramente que clarividência não abunda naquele lar, ao menos que se calem. E, por último, a imprensa, nomeadamente a nacional, que hoje por hoje acumula uma tão grande concentração de ignorância e falta de respeito, que a expressão senso comum já não faz sentido no jornalismo português. Só assim se percebe, numa altura em que a selecção está numa grande competição, repórteres dividam o tempo entre questionar durante horas e entre refeições ou actividades pessoais os emigrantes portugues, e tentativas de invasão dos quartos dos jogadores portugueses para saber se o critiano vai para o Real, e se sim "Jorge Ribeiro, que acha disso?". Como se o Jorge Ribeiro tivesse capacidade para achar alguma coisa. Se houve, e há cépticos em relação ao Ronaldo, eu próprio sou um em relação a Lionel Messi. Não me parece existirem dúvidas em relação ao talento. Muito menos em relação ao potencial. Agora parece-me impossível justificar o titulo de 2o melhor jogador do mundo. O que? Um rapaz que está em média mais de 2 meses por ano lesionado? Certo, levanta estádios e joga fantástico. Mas o futebol não é só espetáculo. Chega, aliás, uma altura na época que é tudo menos espetáculo. E a verdade é que com o barça Messi não tem um título há de 2 épocas. E fisicamente, continua sem evoluir. A minha dúvida é: será messi, então, o melhor jogador desta geração, destinado a levar o barça, a argentina e ele próprio aos grande triunfos; ou estará messi na calha para ser um Robben melhor, um jogador fantástico que só não consegue aguentar 10 meses de alta-competição, não sendo, consequentemente, um jogador decisivo? E o Eminem, voltará à sua cor original?

9 comentários:

Anônimo disse...

E o Ronaldo vai levar a selecção portuguesa a algum lado?

Anônimo disse...

Sim. ouvi dizer que para o ano, ele ia levá-los a todos no barco dele para a croácia, no verão. diz que é espetacular lá, nessa altura. apesar de não estar de todo relacionado com o post que escrevi, posso responder. não...sei. Agora, com essa afirmação parece que se não levar não se pode afirmar como jogador de topo entre outras coisas que pode vir a ser. Neste momento já se afirmou como jogador de topo, tal como o káka ou Ronaldinho ou outros. Campeonatos, taças, champions. A selecção é outra história. Repara, Eusébio ou cruyff ou maldini são dos maiores de todos os tempos e nunca ganharam nada pelos seus países. mas o míudo ainda vai a tempo, claro. LF/MOYA

JFC disse...

e pronto Moya 6 meses depois volta a escrever e dá um pontape na crise que alastrou pelo Blogue. Sabes que nao concordo ctg em relação ao Messi!mas pronto aceito a tua opiniao, esta é uma qualidade que ainda tenho;)

RVO disse...

numa altura em que a parcialidade domina, Joao Vasco dá as boas vindas a Moya de uma maneira airosa

Anônimo disse...

messi levou os sub 23 ao ouro olimpico.. ronaldo, ferguson, tevez, rooney, scholes, van der sar, ferdinand e vidic, evra, giggs levaram o man utd a conquista da champions

Anônimo disse...

oh anônimo, quando digo levar, não é literalmente pegar na equipa e pô-la no podium. ora, na verdade, ronaldo foi o melhor jogador e melhor marcador da champions e, ou muito me engano, ou foi também o mvp da final.(sendo que isso é pouco relevante) o messi foi de facto fulcral na vitória da selecção mais forte num torneio de sub-23!!! ninguém lhe tira o mérito, era o melhor jogador desse torneio, claro. como ninguém lhe pode tirar o mérito mais vale não referir que di maria foi o melhor jogador da final e jogou muitíssimo durante o torneio, e que leo jogava ao lado de mascherano, gago, riquelme, aguero, lavezzi, num torneio de sub 23!!! não parece que me estejam a perceber, eu não estou a colocar um contra o outro,e a por em questão quem é melhor. neste momento, para mim claro, eu sei quem é melhor, e não são comentários anônimos(de muito pouca efectividade) que me vão mudar a opinião. LF/MOYA

Anônimo disse...

Creio que se teram olvidado que quem chapelou o keeper da nigéria na final foi o enviado especial do departamento de prospecção olímpica do benfica, Di Maria... E que eu saiba não foi o Messi que lhe disse ao ouvido para o fazer nem tão pouco o ensinou nos treinos como se fazia.. portanto "levar ao colo" só o Michael Jordan, o Chamberlain ou o Jabbar que nem me atrevo a dizer quantos pontos marcaram ou marcavam por jogo

DCP

Anônimo disse...

*terão (peço desculpa a todos os tecnicistas da lingua portuguesa)

Anônimo disse...

e porque não elogiar, também, o titulo do post... Um grande livro, um dos meus filmes preferidos com um Daniel Day Lewis no seu melhor e uma tal de Lena Olin de se lhe tirar o chapéu (literalmente).

Grande abraço,
desculpem o desvio do tema mas foi uma tentativa de aliviar as bad vibes que emanam deste blog

DCP