
- O futebol clube do porto mostrou em Old trafford como é que se joga à bola a sério. Sem crises, penaltys ou escândalos, o FCP amarrou por completo o campeão europeu e só por azar é que ia saindo de Inglaterra com um resultado negativo. Helton, Lucho, Meireles, Lisandro e sobretudo Fernando fizeram um jogo soberbo e tacticamente quase perfeito. No extremo oposto esteve Hulk. Francamente abaixo do resto dos companheiros o dianteiro azul-e-branco esteve pródigo a desperdiçar bons lances de ataque. No fundo, compreende-se que Hulk tenha estado abaixo do nível esperado, afinal de contas fez capa todos os dias e não está minimamente habituado a lidar com a pressão.
- No madrigal Villareal e Arsenal empataram a um golo. Num jogo equilibrado onde, mesmo assim, as melhores oportunidades pertenceram à equipa da casa ressalve-se o grande golo de Emanuel Adebayor. Um verdadeiro hino ao futebol.
- Em Anfield o Liverpool disse praticamente adeus à Champions League. Perder 3-1 em casa contra um dos seus maiores rivais é um desaire inesperado na medida que os comandados de Rafa Benitez tem sido das melhores equipas desta edição. Num jogo que teve sempre um ritmo elevadíssimo, o chelsea chegou à vantagem através de dois golos de canto. Isto para um treinador metódico e perfeccionista como Benitez terá custado tanto como dois tiros no joelho.
- Uns kilometros mais abaixo, lá para os lados da Catalunha o Barcelona deu uma verdadeira sarabatina de bom futebol aos alemães do Bayern de Munique. Com uma capacidade de circulação de bola fora-do-comum a equipa culé apresenta-se para já como a grande favorita à conquista do troféu. Não pelas expressivas vitorias que são resultado não só de uma grande qualidade individual dos seus jogadores, mas sim da orgânica dos seus elementos. No barça a entreajuda dos jogadores é impressionante, as fintas, toques artísticos e raides são subalternizados pela circulação de bola. Contra uma equipa que tem a sua essência na elevação do ritmo de jogo através do poderio atlético e técnico dos seus melhores jogadores, o Barcelona não teve qualquer ensejo em golear. Foi sem duvida um excelente teste para equipa de Pep Guardiola que nas meias-finais defrontará, com quase toda a certeza, o Chelsea de Hiddink.
- Por Portugal um surto de estupidez alastra e parece que atingiu o ex-futuro-treinador Manuel Fernandes. “Comigo a selecção era Liedson mais dez” demonstra bem o porquê de ninguém o querer a treinar seja o que for. Nem os chineses nem os cipriotas o querem porque sabem que com este tipo de afirmações a única coisa que podem aspirar é a luta pela manutenção.
- Quique diz que a equipa não joga como ele quer. Olha boa. Se ele quisesse que a equipa jogasse assim só poderia ter a mesma doença que o Manuel Fernandes. O problema Quique é que o 4-4-2 não é minimamente adaptável ao actual plantel do Benfica. A falta de largura de uma equipa que joga com dois extremos não é colmatada com circulação de bola por interiores. Ou seja, basicamente o Benfica vive do querer e da garra de alguns jogadores bem como da capacidade individual de José António Reyes. Assim sendo, e não havendo o mínimo de um ideal colectivo na equipa do Benfica não agoiro grande futuro para a equipa técnica liderada pelo espanhol.
- Há muito tempo que todos sabíamos que Adriano não jogava com o baralho todo. Agora o “imperador” quis ser mais “Nero” do que “Adriano” e enlouqueceu por completo. Não é compreensível que um jogador com o potencial que o avançado canarinho tem, esteja constantemente arrastado pelas ruas da amargura. Nem o incentivo de um treinador como Mourinho foi o tónico para o arrancar da “austera, apagada e vil tristeza” em que caiu a sua promissora carreira.
2 comentários:
Cunha, és uma personagem...
Jonu
obrigado Jonu por transmitires tantas ideias fixes de um modo tão sintético.
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