Chegaram os teóricos que acham que têm sempre razão. Comecem as precipitações futebolísticas.
26.11.08
How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb
24.11.08
White "fiasco" Lane
Este post do caríssimo JVB fez me pensar que também em Inglaterra há uma “briosa” que apesar de todos os anos ter orçamentos gigantescos, grandes jogadores e bons treinadores nunca passam da cepa torta. Para os menos atentos falo claro do Tottenham, que para alem da Taça da liga conquistada o ano passado e do 5º lugar alcançado por Martin Jol tem um historial recente muito fraco.
Se na Académica de Coimbra o insucesso é muitas vezes explicado pela fraca qualidade da maioria dos jogadores, em White Hart Lane até agora moraram grandes craques contratados a peso de ouro que teimam em não mostrar o seu real valor. O exemplo mais recente é Darren Bent, que apesar de uma aparente subida de forma ainda não justificou minimamente os 24 milhões de euros investidos na sua compra. Depois há também o falhanço quase inexplicável de Juande Ramos como treinador dos “spurs”, o espanhol quando saiu do Sevilha era apontado como o novo treinador da moda e parecia que iria seguir as pisadas vitoriosas dos outros treinadores peninsulares em terras de sua majestade, mas a verdade é que o trabalho de Ramos foi tão mediocre que acabou por ser substituído pelo veteraníssimo e limitado Harry Redknapp. A verdade é que Redknapp depois do banho que levou do Jesus em Portugal, conseguiu por o Tottenham nos eixos e já leva 3 vitórias consecutivas e uma delas contra o líder Liverpool. Para terminar esta breve constatação de factos que vos aqui deixo, tenho a dizer que não creio minimamente que ex-treinador do portsmouth seja o homem indicado para o lugar, David Levy (presidente do Tottenham) deu o passo certo quando contratou Juande Ramos e apesar de o tiro ter saído furado, penso que a solução a médio longo prazo não passa por um treinador completamente ultrapassado cujas metodologias são obsoletas. Para contratar em Inglaterra por que não o Phil Brown?
23.11.08
O que é que é preto e não joga bem?
22.11.08
Ainda há espaço para Aimar?
De cabeça levantada e com dois ou três toques na bola, Pablo Aimar é o tipo de jogador que consegue do nada criar uma jogada de golo. A inteligência e graciosidade com que se movimenta em campo não engana ninguém, ali está um craque. Sim, um craque. Não daqueles que põe um estádio em pé com as suas fintas, “reviengas” e trivelas mas daqueles craques que em pouco tempo e com pouco espaço tem a capacidade única de tornar uma situação de desvantagem para a sua equipa num claro lance de golo. Vejamos o recente passe de “Letra” para o golo de Suazo, ali o que salta a vista é um recorte técnico digno de um malabarista importado do pernanbuco mas que o torna verdadeiramente belo o lance é rapidez do entendimento da jogada por parte do 10 benfiquista. Em poucos segundos, e com toda a classe que no futebol pode existir, o Benfica passou de estar a defender no seu meio-campo para poder marcar um golo…Feitas as apresentações ao perfume do futebol de Aimar, cabe-nos agora entender de que modo é que o astro argentino cabe no esquema montado por Quique Flores. Se o treinador espanhol optar pelo 4-4-2 clássico que usou durante parte da época, fica para todos claro que não há espaço para Aimar. Partindo do principio que a na esquerda mora a classe de José António Reyes e que Yebda tem o lugar garantido como o homem mais recuado do miolo, onde poderá jogar Aimar? Na direita? Onde ficará invariavelmente longe dos terrenos de construção que tanto gosta de pisar, ou ao centro fazendo companhia ao franco-argelino e tornando o Benfica uma equipa mais permeável do ponto de vista defensivo? A melhor opção para colocar Aimar é sem dúvida como vértice de um losango, algo que Quique fez nos últimos dois jogos com resultados satisfatórios. O problema do losango é, para além da inexistência de interiores com qualidade no plantel do Benfica, o facto de Reyes ,um dos melhores jogadores que passaram no Benfica nos últimos anos, perder o seu espaço de manobra na equipa principal. Reyes é um extremo puro e portanto nem o estou a ver a cumprir funções de interior esquerdo pois para essa posição são precisas qualidades específicas que o espanhol pura e simplesmente não tem.
O problema que afecta o Benfica é já um caso raro no futebol, poucos são os “10” clássicos que ainda habitam o mundo do futebol. E esses, como tão bem apelidou Luís Freitas Lobo, são os “últimos românticos”. As exigências físicas do futebol moderno, fizeram que os antigos cérebros e pivôs ofensivos clássicos tenham sido substituídos por médios rápidos, tecnicistas e com grande disponibilidade física cujos grandes representantes são os espanhóis Fabregas, Xavi, e Iniesta ou os ingleses Lampard e Gerrard. O afastamento do futebol enquanto jogo e a sua aproximação à categoria de Desporto ditaram o fim dos “românticos”. Mais alto, mais forte e mais rápido. Mais do que a máxima do olimpismo esta é também a máxima do futebol. Como Aimar não se enquadra nesta visão atlética do futebol, haverá espaço para ele e para aqueles que como el mago preferem usar a cabeça do que a sua estampa fisica? Por aquilo que escrevi no primeiro paragrafo...penso que sim!
20.11.08
19/11/2008
Maradona no jogo de estreia entrou com um casaco para a chuva, um look desportivo que me levou a pensar ao vê-lo sentado no banco..."Se és treinador, quando é que te pões a jogar?" A vontade de o ver em campo era maior que a curiosidade de o ver a treinar. É algo contra-natura ver Maradona num banco. El Pibe, para a próxima veste uma gravata para ver se eu me adapto melhor à tua nova posição.
18.11.08
Faraó do Egipto e Herois do Mar
Não adianta estar com a lista do que Manuel José conquistou. Toda a gente sabe que no Egipto (melhor campeonato do continente africano) o treinador algarvio conseguiu conquistar o estatuto de Deus. É mais que justa homenagem deixar aqui o seu feito registado, Quatro (!!!!) Ligas dos Campeões Africanos seguidinhas. Aproveito para deixar algumas considerações sobre este treinador que em Portugal só teve sucesso real e visível no Boavista. É sabido que Manuel José é um treinador pouco consensual, principalmente pelas várias declarações que faz quer exaltando o seu ego, quer minimizando alguns colegas. Confesso que não nutro uma simpatia imensa por ele, no meu caso principalmente pelas constantes tentativas de sedução que ele fez ao cargo de seleccionador nacional chegando ao ponto de ele próprio confessar que já era gozado por tanto falar disso. Obviamente não sei se foi afastado de chegar ao lugar por pressões internas ou simplesmente por considerarem falta de capacidade para o lugar. Por ter apenas 21 anos, não me lembro bem do trabalho dele no Boavista. E, como na Luz foi o que foi, e sendo que o campeonato egipcio não dá na Sporttv (creio que poderiam fazer um esforço para passar pelo menos os jogos das finais, melhor que alguns jogos de qualificação para o mundial como o Bolivia vs Uruguai v.g) sei que não estou em condições para analisar a fundo o seu trabalho. Porém, o argumento que no Egipto e em África é fácil, e o pouco (ou a pouca credibilidade) destaque que Manuel José merece em Portugal são coisas que me parecem profundamente injustas. Que eu saiba o Al-Ahly não era claramente nem a melhor equipa egipcia nem (obviamente) a melhor equipa africana, Que eu saiba, o seu plantel não é assim tão superior. Dou de barato que seja o melhor (supondo pois não sei o nível de concorrência) mas para tão avassaladora superioridade...talvez haja um grande trabalho por detrás do sucesso. Ácrditando nas palavras do hepta campeão africano o trabalho que ele teve para "profissionalizar" aquela equipa foi brutal. Consta que o treino para os jogadores era algo quase facultativo, que o desrespeito pela profissão era gritante e que só tinham 1 ou 2 taças dos campeões africanos (parece...). Num clube com cerca de 40milhões de adeptos, Manuel José pára (literalmente) o trânsito quando se desloca na cidade e por tudo o que se sabe conseguiu tornar-se não só o treinador portugês com mais títulos internacionais mas também um Faraó em terras egipcias. É por tudo isto que quando ouço perguntarem a esta velha raposa se está disponível para treinar "Os Belenenses" aptece-me dizer..."Repeito por favor". Apenas falta brilhar intensamente no Mundial de Clubes, onde de ano para ano melhora a prestação da sua equipa. Muito mais havia para elogiar neste trabalho, mas para não me alongar passo para outro grande percurso (mais recente) de outro treinador que não simpatizo. Ao pensar em José Mota, lembro-me do boné laranja, lembro-me da casa dele mesmo atrás do campo da Mata Real, lembro-me das queixas de arbitragens sucessivas e incoerentes por tudo e por nada. Pois..desde esta época lembro-me só do Leixões (o boné passou para Paulo Sérgio). O seu a seu dono. José Mota nunca desceu uma equipa (creio) já que o ano passado ficou em virtude da situação boavisteira, já foi duas vezes à europa com o Paços e agora no Leixões...enfim...todo o elogio é pouco para quem ganha em Alvalade e no Dragão categoricamente (óbvio que não se pode estar à espera que massacrem quer SCP quer FCP) e rezam as crónicas que só não ganharam ao SLB por manifesta infelicidade. Justiça total este primeiro lugar isolado e vamos ver até onde o sonho chega, o meu palpite, que é também o mais óbvio, vai para um lugar europeu.
17.11.08
Desaparecido em Combate
15.11.08
Duas coca-colas, quatro finos....uma lesão por explicar
12.11.08
O efeito "comboio-regional" do Campeonato Português
Outra coisa que me irrita profundamente em Portugal e que tem uma solução fácil e obvia é os horários dos jogos e a sua calendarização ao longo da semana. Qual é a necessidade de os jogos se fraccionarem por Sexta, Sábado, domingo e Segunda? E quando são ao domingo porque é são à noite quando no dia seguinte existe trabalho para fazer? Quem lucra com isto é oliveiradesportos que vai usando a sua influência para leva avante os seus poucos escrupulosos objectivos, mas esta é uma outra problemática que na altura certa discutirei.
Então como é que é possível aumentar a carga de jogos por época, mantendo o esquema das 16 equipas? Após uma cuidada e prolongada reflexão cheguei a um modelo que me pareceu adequado face às características do futebol português. A minha ideia é simples e consiste fundamentalmente em dividir o campeonato português em duas fases. Uma primeira onde as 16 jogavam entre si em duas rondas, isto é, esta primeira fase seria em tudo igual ao actual campeonato português a que juntaríamos uma terceira volta onde as equipas do topo superior jogavam entre si em estádio neutro e consequentemente as do topo inferior lutavam pela manutenção. De salientar que o máximo que uma equipa que estiver colocada no campeonato do topo inferior (isto é que terminasse as 30 jornadas inicias entre o 9º e o 16º lugar) não poderia almejar mais do que o 9º lugar. Portanto recapitulando, as equipas nas primeiras 30ª jornadas definiam em que quadrante ficavam e os pontos que alcançassem nesta terceira volta seriam somados aos que tinham antes.
Creio que um dos pontos fortes deste modelo para além do óbvio aumento do nível competitivo do campeonato, pois uma terceira volta onde o normal da jornada é um BenficaXSporting ou um BragaXGuimarães, é o facto de se poder vir a rentabilizar os estádios construídos para o Euro2004 e que hoje estão praticamente ao abandono, falo como é obvio dos estádios do Algarve, Leiria, Aveiro e Bessa (para não ter que falar do de Coimbra que só raramente mete mais de 10 000 pessoas).
Isto é só uma pequena e pouco pretensiosa proposta se quiserem fazer reparos, ou então propor alterações sou de todo ouvidos!
Comunicado
11.11.08
Mundo, Europa, Portugal/Holanda, dois gémeos ligados pelo futebol...e não só...
Já que se fala tanto do duelo Messi VS Ronaldo...
A insustentável leveza do ser
10.11.08
Depois do Katrina...
9.11.08
"Um dia o Bruno Alves é expulso" ( e outras notas sobre futebol)
2. Hoje é dia de clássico. Porto e Sporting defrontam-se em Alvalade para decidir quem segue em frente na taça. As duas vitórias a meio da semana vieram desanuviar o ambiente pesado nas duas equipas principalmente no F.C. Porto, onde Jesualdo sentia cada vez mais a corda a volta do pescoço a apertar. Aguardo com alguma expectativa este jogo, e espero sinceramente que o espectáculo seja bem melhor do que aquele que assistimos no jogo para o campeonato á coisa de dois meses atrás. Desta vez o Sporting vai contar Marat Izmailov, Caneira e Liedson. E é preciso entender que quando o Sporting conta com levezinho as coisas ficam mais complicadas para os adversários, portanto e contando com aquilo que as duas equipas tem feito este campeonato a minha aposta vai para o Sporting.
3. Lá fora, o Barça continua a espalhar classe, já vai em primeiro, e ontem arrumou o Valladollid por seis a zero! Etoo fez um “poker” e já é o melhor marcador da liga espanhola, o que não deixa de ser curioso pois o camaronês teve um pé fora da cidade condal antes de ter sido reintegrado por Pepe Guardiola, que se começa a afirmar como o novo treinador da moda. O Madrid teve que sofrer muito, esteve a perder por três vezes e Sergio Ramos foi expluso aos 40’, para levar de vencido o Málaga de Eliseu e Duda que continua a fazer um percurso tranquilo na liga espanhola. Higuain com os quatro golos foi o herói da partida e progressivamente começa a ser uma peça chave no onze “merengue”.
4. Em Inglaterra vi apenas o Arsenal Manchester e chegou-me para me saciar de bom futebol durante um mês. O arsenal foi quase sempre superior, apesar de ter tido menos bola, e teve as melhores oportunidades de golo que iam sendo sucessivamente desperdiçadas pelos dianteiros dos gunners. Bendtner apesar de um bom jogo realizado, não conseguiu dar a normal acutilância ao ataque londrino como tão bem fazem homens como Robin van Persie ou Emmanuel Adebayor. Nota positiva para o meio campo do Arsenal especialmente para os dois franceses Abou Diaby, inesgotável na recuperação de bolas e posterior lançamento do jogo, e de Samir Nasri que com dois golos e um conjunto de passes venenosos foi o melhor da partida.
5. Rafael da Silva! Este menino merece um parágrafo só para ele. Aos dezoito anos consegui mexer e agitar mais o jogo do United que o próprio Ronaldo. Entrou aos 65 para render o veterano e apagado Neville e notou-se logo a diferença. Bom tecnicamente, raçudo, mostrou coerência e establidade defensiva sabendo bem onde posicionar-se para travar as investidas de nasri pelo seu flanco, marcou um (grande) golo e sobretudo mostrou um grande espírito de liderança e competitividade. Sem duvida um nome a seguir no futuro.
6. Bruno Alves continua a sua maravilhosa e impetuosa carreira sem ver cartões vermelhos, ou no caso de o árbitro não ver ser condenado oficiosamente pelo CD da Liga. Depois de tanta cotovelada, murro e pontapé o que me intriga e me rouba a paz de espírito é tentar entender o que é que é preciso o BA fazer para que seja suspenso! Será que ele vai ter que matar alguém em campo para o CD da liga actuar? Não sei, quero acreditar que não. Mas pelo andar da carruagem Mesmo que isso acontecesse acho que o Ricardo Costa ia apenas dizer que os regulamentos da liga não previam entradas tão duras e portanto não o ia poder suspender…
5.11.08
Nunca serás Diego!!
~Em primeiro lugar é justo dizer que este titulo tem tanto de verdade como de falacioso pois ninguém, nem mesmo Messi é Maradona. Façamos justiça ao jogador, Juan Román Riquelme é um talento natural para jogar à bola. Posso dizer que é o último de uma classe de românticos que povoaram o futebol durante décadas. Como herdeiro de uma classe em vias em extinção, Riquelme possui as qualidades técnicas que podem fazer a diferença em qualquer jogo. A criatividade, a técnica e a inteligência do Mago de “la bombonera” tornaram-no rapidamente como uma das grandes promessas do futebol mundial, mas estas qualidades dignas de um génio não foram o suficiente para confirmar o futuro brilhante que todos lhe indicaram. O feitio difícil, a indisciplina e sobretudo a falta de trabalho foram notas marcantes da sua carreira, e da Europa fica uma fulgorosa época de 200572006 em que carregou às costas o modesto (na altura) Villareal até às meias finas da champions league. Há quem diga que aquela penalidade falhada no último minuto que daria a passagem à final da mais importante competição de clubes foi o inicio da queda de Riquelme. Mas eu não concordo. Riquelme fez duas épocas na Europa ao mais alto nível, mas de resto…foi pouco mais de normal. Não quero dizer com isto que argentino é mau jogador, nem mesmo quer dizer que é um jogador razoável, mas penso que podem concordar comigo quando afirmo que ele é um verdadeiro flop quando comparado com as expectativas depositadas nele. Vou ser sincero. Não gosto de jogadores que jogam quando lhes apetece e que parecem gostar de esbanjar o talento que tem, enquanto vemos outros (Grande Raul Meireles!!) que apesar de não terem um terço da classe de Riquelme acabam por ser mais decisivos do que ele. O grande objectivo deste post é tentar fazer passar a minha ideia de que Juan Roman Riquelme podia ter sido o rei, mas acabou por ter sido mais um dos milhares sul-americanos que todos os anos chegam ao velho continente.P.S Este post poderia chamar-se o Que falta a Riquelme mas achei que violava direitos de autor.
P.P.S Mesmo assim, considero que Juan Roman Riquelme, pela qualidade que sempre demonstrou, não merece que o esteja a “etiquetar ” como “fiasco”.

